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Desvendando o mundo psíquico, um olhar junguiano - Abraxas como símbolo da totalidade

  • Foto do escritor: Ana Cristina Lamas
    Ana Cristina Lamas
  • 25 de abr.
  • 2 min de leitura

Abraxas. Um símbolo denso, misterioso, e profundamente junguiano. O próprio Jung mergulha nessa imagem com reverência e inquietação — especialmente no Livro Vermelho, onde Abraxas aparece como uma figura que transcende o dualismo entre bem e mal. Ele é apresentado como uma divindade paradoxal, que contém tanto o divino quanto o demoníaco, a luz e a sombra, a criação e a destruição.


O que Jung diz sobre Abraxas?


No Livro Vermelho, Jung escreve:

“Abraxas é o deus que é difícil de reconhecer. Seu poder é o maior porque o homem não o vê. [...] Abraxas está acima dos deuses, é o inimaginável, o impensável.”

Abraxas aparece como um símbolo da totalidade psíquica — não do bem absoluto, nem do mal absoluto, mas da integração dos opostos. Ele é mais vasto do que o Deus cristão, que muitas vezes é concebido como puramente bom, e mais complexo do que o Diabo, visto como totalmente mau. Em Abraxas, tudo está contido.

Gerado por IA
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Por que isso é importante?


Jung, ao longo de sua obra, insiste que a integração dos opostos é fundamental para a individuação. E Abraxas representa exatamente esse movimento simbólico. Ele é uma imagem viva da psique total, unus mundus, onde os pares de opostos não se anulam, mas se completam.


Abraxas convida a uma relação não moralizante com o inconsciente, onde luz e sombra, razão e loucura, vida e morte não são necessariamente antagônicos. Ele nos coloca diante do mistério de sermos humanos — complexos, contraditórios, e dotados de um potencial que só pode ser acessado quando ousamos nos aproximar do abismo do desconhecido.


E você, está preparado(a) para sua inteireza?


Com carinho,


Ana Cristina.

Psicóloga junguiana


 
 
 

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