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A Ilusão da Razão Absoluta

  • Foto do escritor: Ana Cristina Lamas
    Ana Cristina Lamas
  • 16 de mai.
  • 1 min de leitura

Inspirado em C.G. Jung



Gerada por IA
Gerada por IA

Vivemos tempos em que a razão foi coroada como soberana. Espera-se que tudo seja lógico, comprovável, mensurável. Emoções devem ser controladas, impulsos domados, símbolos ignorados. O irracional, esse território invisível da alma, tornou-se ameaça, como se fosse possível extirpá-lo sem mutilar o próprio humano que somos.

Jung, com a lucidez que atravessa os séculos, advertiu: não devemos nos identificar com a razão, pois o homem não é apenas racional, e nunca será.





Há em nós um rio subterrâneo, que escapa às normas do pensamento linear. Sonhos, intuições, reações que não entendemos... são expressões desse outro lado que habita cada um.

A cultura, ao tentar moldar o homem apenas pela lógica, frequentemente esquece que é no irracional que moram as imagens mais vivas da alma. Extirpá-lo seria como apagar a noite na tentativa de prolongar o dia, esquecendo que é na noite que os símbolos florescem e a psique respira.


Quando negamos o irracional, ele não desaparece — apenas se volta contra nós, através de sintomas, explosões emocionais, ou uma vida que parece perder o sentido. A saída não é expulsá-lo, mas ouvi-lo. Dar-lhe forma simbólica, diálogo, reconhecimento.


Pois o humano inteiro é aquele que reconhece em si tanto a luz da razão quanto as sombras fecundas do mistério.


Com carinho,


Ana Cristina.

Psicóloga junguiana

 
 
 

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